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O clonazepam é um medicamento da classe dos benzodiazepínicos, exercendo função geralmente como ansiolítico (reduz a ansiedade), mas já foi utilizado no passado como anticonvulsivante na epilepsia.
Costuma ser prescrito para:
No transtorno bipolar e na psicose aguda, os benzodiazepínicos, como o clonazepam, podem ser utilizados como agentes de potencialização do tratamento.
O clonazepam ele se liga aos receptores benzodiazepínicos localizados em um tipo de receptor para o neurotransmissor GABA. Ao se ligar nesse receptor, promove a inibição da atividade neuronal.
Quando essa inibição acontece na amígdala (relacionada ao circuito do medo), proporciona seus benefícios terapêuticos em transtornos de ansiedade que envolvam esse circuito, como o Transtorno de Pânico.
Seu tempo para início da ação geralmente é rápido, já provocando efeitos na primeira dosagem. Por isso, costuma ser adicionado a medicamentos de 1ª linha para tratamento dos sintomas ansiosos (ex: os inibidores da recaptação de serotonina, como a fluoxetina), pois essas medicações demoram cerca de 3 a 4 semanas para começarem a fazer efeito. Entretanto, se usado durante muito tempo, pode ocasionar o desenvolvimento de tolerância, a escalada da dose e a perda da eficácia, levando a uma possível síndrome de dependência!
Os efeitos colaterais costumam ser imediatos e tendem a desaparecer com o tempo, e sua ação prolongada sobre os receptores em que atua pode explicar o desenvolvimento de dependência, tolerância e abstinência.
Os efeitos colaterais do clonazepam mais comuns são:
O ganho de peso não costuma ser comum. Geralmente provoca sedação e deve ser tomado com cautela por quem vai dirigir ou operar maquinário de risco.
Geralmente de 0,25 mg até 4 mg/dia, mas essa dosagem deve ser através de indicação profissional, analisando caso a caso.
O clonazepam deve ser evitado em crianças, gestantes e puérperas. Nos idosos, a dose deve ser reduzida por aumentar o risco de complicações como quedas - se possível deve ser também evitado o uso prolongado.
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Sobre mim ...
Médico Psiquiatra, cristão, casado, pai da Marina, fotógrafo nas horas vagas e pensador constante. Gosto de compartilhar conhecimento, pois acredito que assim aprendo mais e ainda participo do crescimento de outras pessoas. Não perco uma corrida do MotoGP e perco quase todos os jogos do Ceará, mas ainda me considero torcedor praticante =)
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